sexta-feira, 10 de junho de 2011

Escárnio, Sarcasmo & Ironia.

Nem todas as coisas que te dizem são realmente o que as pessoas pensam. A essa altura da vida, você já deve estar ciente disso ou precisa de um manual do tipo "Como lidar com a existência?". Mas, e quando a entonação com que o interlocutor joga determinado pensamento numa esfera de conversas é ambígüa(às vezes propositadamente) o suficiente para deixar dúvidas quanto ao emprego de um dos recursos citados no título?

Essa é uma daquelas situações sociais onde você só pensa em fugir, se esconder, enfiar a cara num buraco, desaparecer feito um ninja numa bola de fumaça, sei lá. E agora?


Você lembra de que não entender uma ironia pode encurralar seu perfil no hall dos idiotas da classificação que o cérebro de cada um faz. Pessoas fazem julgamento de valor. O tempo todo. Quem diz que não está mentindo. Todos estão à mesa esperando uma resposta que dê aval ao grupo para continuar a conversa mas você não tem nenhuma réplica pronta. Caso o sarcasmo tenha sido só uma impressão(ó Deus, o horror!) você pode passar por um babaca que fica fazendo piadinhas em momentos impróprios. Se foi pra valer, sua reação pode te fazer parecer um idiota na frente de todos e ainda constranger quem falou por tabela.

E agora, como proceder?

a) Responder de modo a não sofrer sozinho. Miséria ama compania.

b) Entender a ironia com a confiança de ser superior presente (como você sempre soube que era), mesmo sem a certeza de que está apenas comentendo uma grande gafe.

ou a minha preferida

c) Sair pela tangente com uma resposta mais ambígua que a primeira,  elaborada enquanto você se esquiva da situação com trivialidades.

Essa é a oportunidade perfeita para se usar o escárnio velado, que possibilita a todos os inteligentes ao redor uma resposta convincente sem a necessidade de aspereza ou rudez.

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